Sabe quando você estava com tanta esperança?
Quando você contava os dias pra aquele momento acontecer?
Quando você já tinha planos com aquilo?
etc e tal...
Lendo o post passado,fiquei meio triste por tudo que eu tanto esperava,não aconteceram. E além disso outras coisas que eu não queria de jeito nenhum que acontecesse.. ACONTECEU!
Acho que esse texto não será uns dos mais alegres... porisso evitei de escrever esses dias!
Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa instrospecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos pra brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor - até que venha a próxima, normais que somos.
Melhor sair pra balada, forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. " Não quero te ver triste assim", sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais.
Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar em alguns degraus abaixo da euforia.
Ter de recomeçar alguma coisa geralmente nos abala. A rotina, de certa forma, nos dá segurança. Afinal, conhecem-se os caminhos, os atalhos, os desvios, as curvas a serem evitadas…
A expectativa de iniciar uma nova etapa nos faz sofrer, temer, duvidar… chega até a nos angustiar. Porém, a vida nos impõe recomeços, simplesmente porque ela desabrocha por todos os lados e a todo instante. E avançar é preciso!
Devemos desenvolver o que já temos e produzir coisas novas, sem medo de mudar, crescer e ir além.
Sem essa de ficar presa ao passado, com receio de se abrir para o futuro! Somos feitas de rupturas, mudanças e continuidades. E viver é renovar sempre, é inovar, é se movimentar.
Um trecho do romance Encontro Marcado, de Fernando Sabino, diz: “De tudo, ficaram três coisas – a certeza de que estamos sempre começando, de que precisamos continuar, de que seremos interrompidas antes de terminar. Portanto, devemos fazer da interrupção um caminho novo; da queda um passo de dança; do medo uma escada; da procura um encontro”.
È isso que levarei pra esses meus dias não muito alegres...
Teresa Oliveira!
